segunda-feira, 8 de junho de 2015




  À ÁGUA ESTÁ NA ORIGEM.


 Para quem vê a terra de cima como fez o cosmonauta russo Yury Gagarin (o primeiro homem a chegar ao espaço, em 1961), o planeta azul parece ter boa água em     abundância. Não é bem assim. 97% de todos os recursos hídricos ficam em oceanos e mares salgados - ou seja, é volume impróprio para consumo - e outros 2% estão congelados. Do 1% potável que sobra, é de difícil acesso. A situação se agrava quando
Nota-se que uma parcela inaceitável do que podemos usar é desperdiçada ou poluída demais. O Brasil, país rico em recursos hídricos, sente como poucos a escassez de água que se alastra pelo planeta. As regiões sudeste e nordeste sofrem com crise hídrica, ainda desperdiçamos mais de 30% da água que consumimos, o tratamento para o reuso também ainda é precário, a Ana Agência Nacional de Água conta com poucos recursos para combater os desperdícios.
             No sul do Estado do Piauí há tanta água submersa mais de 20 poços jorram água há várias décadas, alguns deles jorram água com mais de 20 metros de altura, a água não é aproveitada, caem dentro dos rios, se tamparem os poços a pressão da água é tão forte que estoura em outro lugar, e as autoridades competentes, não tomam nenhuma providência. Num futuro de contornos drásticos – e secos – para o Brasil e para o mundo, resta recorrer a novas fontes para garantir o abastecimento da humanidade em um futuro mais próximo do que se imagina. Duas alternativas começam a se tornar viáveis, e necessárias. A primeira: saber aproveitar com cuidado, reservas subterrâneas, chamadas de arquíferos, ainda não tão acessíveis quanto lagos, rios e reservatórios. A segunda, mais sustentável e que soa a ficção científica: transformar ar em água, com tecnologias que lembram o que ambicionavam antigos alquimistas.
           
Usar uma máquina para fazer H2O líquida a partir do ar uma invenção criada
Nos textos do inglês Arthur C. Clarke, mas a lógica por trás da operação é ancestral e coerente. São dois os conceitos básicos que servem de alicerce para a técnica, conhecida pela humanidade há muito tempo: evaporação, e condensação. Existe H2O em abundância no ar, mas é preciso transformá-la em água líquida por meio de condensação, o processo inverso de evaporação, pelas quais moléculas gasosas que perdem calor e se condensam. Há mais de 500 anos, o império inca já coletava orvalho acumulado e canalizava como gotículas para abastecer cisternas. Era um recurso desenvolvido com base no entendimento de que o ar se transformaria em água. Máquinas que tornam esse processo industrial, porém, só começaram a aparecer na década passada.
            Um dos pioneiros é o cientista australiano Max Whisson. Em 2007 ele criou um moinho que captava ventos e os refrigeravam rapidamente, a ponto de eles se transformarem em gotículas. O problema é que sua máquina custava 40.000 dólares e não deixou de ser apenas um protótipo caro demais, e pouco eficiente. Um ano depois uma empresa canadense lançou no mercado máquinas com preços bem mais baratos, que transformavam umidade do ar em água, literalmente potável. Mas o problema da água não para por aí. Estudos feitos com embasamentos científicos sobre o desaparecimento das espécies aconteceram por mudanças climáticas, por escassez de água, e consequentemente por falta de alimentos, que para serem produzidos, dependiam da água. Uma das causas para a falta de água em várias regiões do planeta é o desmatamento das florestas.  Qualquer tolo destrói árvores. Elas não podem correr; e se pudessem, ainda seriam caçadas e derrubadas.
               
COMPARTILHE.

Para acessar o meu Twitter: clique no link: https://twitter.com/jota_luciofilho
Para ler os meus ARTIGOS - cliquem: http://webartigos.com/busca/…

                               Brasília, 10 de Março de 2015.
                               João Lúcio Filho.









2 comentários:

  1. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  2. Oi Tio, dando uma passada no seu blog, achei legal criar um, afinal te dar autonomia pra escrever e publicar quando quiser, com a formatação que quiser, enfim... Sobre o assunto, é as pessoas acham que água é um recurso infinito, até acontecer um evento como ocorreu no Sudeste pro governo e a sociedade dá mais atenção a um recurso tão essencial pra vida. Poderia se usar o Tietê se esse não estivesse completamente poluído. Aliás o assunto vai muito além, existe hoje em dia a preocupação sobre os micropoluentes emergentes que não são removidos nas ETAs (Estações de Tratamento de Água ) e nem nas ETEs (Estações de tratamento de Esgoto) não se sabe até onde eles podem afetar a nossa saúde, eu falo de hormônios femininos, de produtos de higiêne pessoal, agrotóxicos... O tema é realmente sério, eu apostaria tbm em um reaproveitamento melhor de nossa água de chuva, cada um em sua residência, que as pessoas não impermeabilizassem completamente seu terreno e jogassem toda a água de chuva nas tubulações de Esgoto, pq as ETEs não possuem capacidade pra tratar essa agua. As pessoas tem que ter cuidado com o recurso com o desperdício desnecessário, e dando o exemplo de Brasília, mas sabendo que ele ocorre em todo o Brasil, só de água tratada a Caesb perde 30% na rede até as nossas casas, é uma perda muito alta, nela estão incluídas gatos e perda realmente pela tubulação, nas junções dos canos. Hoje já faremos uso da água do Lago Paranoá como fonte de abastecimento. A discussão sobre o tema é longa... Mariana dos Santos

    ResponderExcluir