ENSINO AFÔNICO
A falta de um programa nacional de saúde vocal para
Professores faz com que um dos principais problemas dos docentes continue a prejudicar o
desempenho na sala de aula. Há pelo menos dois projetos de lei no Congresso que
tratam do assunto. Um foi apresentado há mais de dez anos, mas ainda não foi
aprovado.
O fato de esse tipo de enfermidade não estar
na lista de doenças do trabalho no ministério da saúde dificulta quantificar a
situação, uma vez que não há dados oficiais do número de Professores afastados
da função por esse motivo. Se a gente aprendesse a usar instrumento de
trabalho, poderia evitar essa situação.
O projeto de lei 1128 de 2003. De acordo com o
texto exame preventivos com otorrinolaringologista e fonoaudiólogos, treinamentos
teóricos e práticos, e um programa de reabilitação. A proposta também prevê que
conhecimentos de saúde vocal estejam no currículo dos docentes. Se aprovado na
comissão de constituição e justiça (CCJ) da Câmara dos Deputados, o texto segue
para sanção presidencial, caso não haja pedido para não ser apreciado pelo
plenário da casa.
Proposta similar está sendo discutida na
Comissão de Educação da Câmara e ainda terá de passar por outros dois
colegiados, e pelo Senado. O projeto de Lei 2776, de 2011 inclui também a rede
particular no programa. Os distúrbios de voz estão diretamente relacionados a
precariedade do trabalho.
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humanamente impossível lecionar em salas superlotadas, barulhentas e
sufocantes, por jornadas de trabalho extenuantes, que podem chegar até a 60
horas semanais sem nenhum comprometimento à saúde”, dados da secretaria de
saúde CNTE.
As falhas vocais tem um impacto direto no
ensino, ao tornar mais difícil para o aluno entender o conteúdo. A voz é a
ferramenta de trabalho dos Professores, e principal recurso didático. “Quando a
voz falha a aula não é bem dada”, dados do conselho federal de Fonoaudiologia,
portanto, a importância de uma política implementada pelo ministério da saúde,
é fundamental.
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Brasília, 23 de junho de 2015.
João
Lúcio Filho.
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