A HISTÓRIA DO CRISTIANISMO.
Para que você compreenda com
exatidão a história do Cristianismo, é preciso voltar às origens da igreja
primitiva. Estamos no ano 30 da chamada era cristã e após um longo período de
auto-reclusão nos picos isolados do monte Hermon, Jesus de Nazaré finalmente
está pronto para iniciar sua missão em nosso planeta. À hora havia chegado e a
raça humana estava prestes a receber o maior de todos os presentes jamais
ofertado até então. O grande segredo estava prestes a ser revelado ao homem. A
boa nova do amor, da tolerância e do perdão estava a um passo de ser entregue a
nós através da mensagem desse maravilhoso homem; deste Deus em forma humana.
Foi-nos ensinado desde nossa mais
tenra infância que Jesus nasceu Deus, e viveu como tal, até sua partida deste
planeta. Sempre foi conveniente a nós, pensar no menino Jesus como uma criança
toda especial com seus lindos cachinhos loiros, seus cintilantes olhos azuis e
aquela linda luz branca no alto de sua cabeça como fomos acostumados a ver em
algumas gravuras. Talvez seja difícil para nós imaginá-lo brincando na terra
com seus coleguinhas e fazendo travessuras como qualquer criança normal. Pode
parecer estranho a mim e a você, mas foi exatamente assim que aconteceu. Jesus
nasceu, cresceu e viveu até pouco mais de trinta anos de idade sem ter a menor
noção de quem Ele realmente era. Ele passou pela adolescência, teve alterações
hormonais em sua puberdade, sentiu desejos sexuais como qualquer jovem de sua
idade; Jesus também enfrentou seus próprios conflitos internos.
É difícil imaginá-lo assim, como
um garoto comum correndo e brincando pela vida. É muito confortável para nós
pensar que desde o momento de seu nascimento, sua vida sempre foi cercada por
toda sorte de eventos mágicos e milagrosos, talvez por isso alguns manipuladores
no passado tenham propositalmente omitido grande parte de sua vida no chamado
livro sagrado do cristianismo. Jesus não podia ser como os outros meninos de
sua idade, Ele tinha que ser um espécime humano absolutamente perfeito. Por
isso se fala tão pouco de sua infância e absolutamente nada sobre o período de
tempo que corresponde de seus doze aos trinta anos de idade; tempo esse que foi
considerado secreto pela igreja católica e simplesmente descartado dos
manuscritos originais da bíblia. Felizmente para nós a realidade dos fatos não
aponta nesta direção.
Jesus foi criança, brincou e se
sujou de terra, subiu em árvores e muitas vezes Ele caiu delas. Exatamente como
cada um de nós, Ele também teve suas dúvidas e receios; conheceu momentos de
fartura e felicidade junto de sua família e amigos e em determinado momento
conheceu também as dificuldades. Jesus conheceu a fome... Um acidente horrível
durante a construção da torre Antonia tiraria a vida de seu pai quando Ele tinha
apenas 17 anos de idade, fato este que o fez assumir como filho primogênito
toda a responsabilidade pelo sustento de sua mãe e de seus irmãos menores.
Foram tempos de extrema dificuldade e grandes incertezas na vida daquele jovem
carpinteiro. Ninguém jamais poderia supor que daquela família tão pobre da
pequena cidade de Nazaré nasceria o maior ícone de toda a história humana. Mas,
era chegado o momento de por os pés na estrada, era chegado o tempo de fazer
com que as palavras do grande profeta Isaias se cumprissem. E Jesus então, já
tendo plena consciência deste fato, se lança em sua missão terrena. Era chegado
o tempo de conjugar o verbo amar...
Claro que o resto deste enredo não é estranho a nenhum de
nós, ao menos em partes é claro, afinal, nunca em nossa história a vida de um
único homem foi tão explorada e especulada como a vida de Jesus de Nazaré;
confesso que sempre tive fascínio de estudar, e escrever sobre a vida de Jesus.
Mas, agora vamos direto ao ponto.
O que realmente houve após Jesus de Nazaré ter cumprido sua missão terrena e
retornado a sua verdadeira morada? Quantos de seus supostos discípulos
realmente entenderam a dimensão e a grandeza de seus ensinamentos? Será que foi
mesmo Jesus que instituiu o cristianismo? Como e quando se deu a fundação deste
segmento religioso? No final do século II o império romano apresentava sinais
visíveis de sua decadência; o reinado dos césares estava há um passo de começar
a ruir e seu colapso total era somente uma questão de tempo. Quem já estudou a
história dos imperadores, sabe que o vasto e temido império romano foi
construído à custa da completa destruição de outros povos e a devastação de
suas culturas.
Este era o grande atributo dos
grandes imperadores romanos, era somente isso que eles sabiam fazer: matar e
escravizar pessoas inocentes e saquear tudo o que lhes pertenciam; inclusive
seus valores morais e toda a sua identidade cultural. Roma realmente nos deixou
um grande legado vergonhoso. No ano de 308 DC Constantino era o césar da vez.
Conhecido como grande estrategista militar, talvez um dos maiores da história
da Roma antiga, ele consolidou seu poder eliminando todas as pessoas que
pudessem representar qualquer ameaça em potencial a seu império. Diziam as más
línguas que ele podia ler a mente de seus inimigos; odiá-lo com certeza não era
um bom negócio. Porém, além de ser um grande articulador político e um homem
temido pela sua monstruosa impiedade diante de seus desafetos, Constantino era
também um homem com uma incrível visão empreendedora; ele praticamente
conseguia farejar boas oportunidades mesmo antes delas se tornarem visíveis aos
olhos das pessoas comuns que o cercavam.
Roma estava em queda livre e sua
economia apresentava sinais evidentes de um declínio irreversível, pois, os
pilares de sua sustentabilidade que antes era baseada na mão de obra escrava e
saques brutais a nações inteiras, agora deixara de ser um bom negócio. Nada
mais havia a ser conquistado e a mão de obra escrava se tornava cada vez mais
cara e escassa; Roma estava enfrentando tempos realmente difíceis, e estava à
beira da falência, mas, mesmo assim a nata romana se recusava a tomar qualquer
medida preventiva para tentar estancar a saída de dinheiro que era gigantesca.
Manter o estilo de vida que a alta sociedade romana estava acostumada não era
tarefa fácil. A diversão preferida dos romanos ainda era assistir aos finais de
semana pessoas se matando no Coliseu sem contar é claro, o grande auge da
diversão: Observar os leões famintos em seu horário de almoço degustando seu prato
predileto: Carne fresca de cristãos. Constantino observava todo esse quadro com
muita cautela, ele sabia que o barco estava afundando e que algo drástico
precisava ser feito; decisões precisavam ser tomadas e em determinado momento
ele teve a idéia que talvez tenha sido a mais genial de todos os tempos. Ele
sabia que o povo agora era chamado de cristão era nada mais nada menos que
parte do povo judeu que havia se convertido aos ensinamentos do carpinteiro de
Nazaré. Este povo estava escondido dentro de cavernas já há muito tempo, e
parece que quanto mais se tentava exterminá-los, mais eles proliferavam.
Constantino prestou atenção a este fato; e lucrou alto com isso...
Fico imaginando o grande imperador romano reunido com seus senadores para expor
os fatos que havia acabado de constatar; raciocine comigo e veja se faz
sentido: O povo cristão da época que na verdade era somente uma facção do povo
judeu com outro rótulo e sabia fazer
somente duas coisas basicamente: Cultos ao "nosso senhor e salvador Jesus
Cristo" e... Ganhar dinheiro... Esse povo sempre soube como transformar
fracasso em oportunidades rentáveis com uma maestria invejável. Constantino
deve ter pensado: "Puxa vida! Todos os nossos recursos se esvaindo, nossas
fortunas sendo dizimadas dia após dia, a fome batendo a nossa porta, e Roma
perseguindo os cristãos e os dando de comida aos leões?" "Esse povo
tem muito dinheiro e sabe como fazer dinheiro; devemos aproveitar essa
oportunidade"...
Aí então o senado romano acordou,
e depois de uma longa análise, concordou com os termos de Constantino
deixando-o livre para agir da maneira que lhe conviesse, e ele assim o fez;
Constantino então "converteu-se" ao cristianismo... (Se não podes
vencê-los; junte-se a eles). Esta em minha opinião, talvez tenha sido a maior e
a mais bem contada mentira de todos os tempos. Os livros de história relatam
que Constantino estava prestes a travar uma de suas maiores batalhas e que na
noite anterior ao confronto teve um sonho no qual teve uma visão de uma cruz
com os dizeres em latim: "In hoc signo vinces", que traduzido
significa: sobre este símbolo vencerás... Como diz o dito popular: "me
engana que eu gosto!” Algumas fontes relatam que na manhã seguinte, pouco antes
da batalha ele mandou desenhar uma cruz no escudo de cada um de seus soldados;
a vitória sobre o inimigo foi esmagadora...
O édito de Milão foi então
escrito, e a perseguição aos cristãos finalmente havia chegado ao fim. O grande
imperador havia dado o maior golpe de toda a nossa história, agora ele era seguidor
dos ensinamentos de Jesus e começou a cobrar impostos dos cristãos (dízimos na
verdade). Era a "Obra de Deus" iniciando sua expansão... Pense comigo
e responda: Foi ou não foi uma jogada de mestre? Os cristãos saíram de suas
tocas e puderam exercer livremente seus cultos religiosos, só que desta vez
amparados pela "benevolência" do mais novo convertido imperador
romano...
Qual foi o resultado de tudo
isso? O grande Cesar com o dinheiro arrecadado (leia-se: extorquido) do povo
cristão, construiu uma cidade que acabou sendo batizada com o seu nome:
Constantinopla... Brilhante senhor imperador!Você ainda acha que o cristianismo
foi fundado por Pedro conforme narra a bíblia? Talvez então tenha sido Paulo o
seu fundador oficial... Quem sabe não fosse o caso de mudarmos o nome do
cristianismo para: "constantinismo..."
O "nobre" imperador
romano havia percebido o imenso potencial inserido em todo este contexto, ele
enxergou vastas oportunidades de negócio no cristianismo, e então comprou a
marca e os direitos autorais; o cristianismo havia se tornado talvez, o
primeiro modelo de franquia de nossa história, e, diga-se de passagem, o mais
lucrativo também. Jesus era o carro chefe, era a marca a ser trabalhada. O
produto em si era bom, porém ainda era somente um rascunho, não podia ser
vendido da maneira como se apresentava. Seria necessário incrementar a marca,
torná-la atrativa, era preciso investir no produto... Então Jesus de Nazaré
passou a ser chamado de "Jesus Cristo", o grande salvador da humanidade,
na verdade uma superprodução romana. Os primeiros seguidores de Jesus ficaram
em segundo plano, a administração dos negócios agora havia trocado de mãos;
começava a nascer a igreja católica... O novo empreendimento romano crescia
vertiginosamente com o passar do tempo, os cristãos que antes se escondiam em
cavernas agora contavam com luxuosos templos de culto e adoração ao
"Senhor Jesus". Eles passaram então de perseguidos a perseguidores;
quem não era seguidor de cristo era considerado pagão e deveria ser queimado
vivo e seus bens confiscados pelo estado. Quem ousasse se opor ao poder imposto
pela cruz era considerado herege e a pena para a heresia era a morte.
Séculos mais tarde já na idade
média, a igreja católica ostentava um poder como jamais visto até então na
história da humanidade. A inquisição foi instituída na Espanha com intuito de
exterminar qualquer outra filosofia ou crença que se opusesse ao cristianismo.
Milhões de pessoas foram torturadas e assassinadas das formas mais cruéis que
se possa imaginar. Culturas inteiras foram totalmente exterminadas sem a menor
piedade; e por mais que isso possa parecer irônico, tudo isso foi feito em nome
do "nosso senhor e salvador Jesus Cristo"...
Essas são as verdadeiras bases do
cristianismo como o conhecemos hoje, é isto que ele é na verdade: uma
gigantesca empresa que atua no sistema de franquia e gera lucros astronômicos
ao redor do mundo. Mais do que qualquer outro negócio neste mesmo segmento de
mercado. Certa vez disse um grande homem: "por traz de toda grande fortuna
existe sempre um grande crime".
Para escrever este artigo, eu pesquisei várias fontes escritas por renomados Historiadores, eu não
tenho nada contra nenhuma religião, continuo acreditando que Deus é o caminho,
a verdade e a vida, não acredito em mentiras e manipulações, confesso mais uma
vez que acredito em Deus,esta força superior que nos move, agradeço a ele por
existir, e por todos os objetivos alcançados, agradeço ainda, por ter me inspirado
para escrever este artigo e tantos outros, me dando a capacidade de usar a
hermenêutica e a exegese para interpretar e entender. Desde já, agradeço a
atenção de todos.
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Brasília, 06 de julho de 2015.
João Lúcio Filho